Essa é a Isabel, de 11 anos. Filha mais velha do Carlos e da Ana e irmã da Carol.
Isabel tentou suicídio aos 11 anos. Ela foi diagnosticada com TDHA, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Trocou de psiquiatra três vezes até chegar a esse diagnóstico. O não tratamento da doença estava desencadeando os sentimentos ruins e a depressão.
Depois das consultas regulares de psicoterapia, medicamentos e acolhimento da família, Isabel agora é uma menina animada, ativa e estudiosa. Mas segue em tratamento contínuo.
*A história contada aqui é real. O nome das pessoas, no entanto, foi alterado para preservar sua identidade.
POV
POINT OF VIEW
PONTO DE VISTA
Entenda essa história através de pontos de vista diferentes.
POV ISABEL
Isabel já não queria mais ir pra escola. Não tinha mais energia para nada. Demorava pra fazer um dever de casa simples. Estava sempre se arrastando pelos cantos da casa. Se sentia inútil. Se sentia horrível. Pior do que todo mundo. A tristeza aumentava quando anoitecia. Na escola, se feria com o compasso. Fazia desenhos que demonstravam sofrimento e vontade de morrer.
POV PAIS
Quando Isabel, que era super extrovertida e brincalhona, começou a preferir o telefone celular a sair de casa, a se isolar no quarto e a andar sempre com uma postura curvada, os pais ligaram o sinal de alerta. Depois, ela começou a se ferir, se arranhar e a falar que não aguentava mais e queria desistir.
O desespero e a culpa por não conseguir acabar com o sofrimento da filha e por talvez ter sido de alguma forma responsável por aquilo tomaram conta dos pais. O medo de não poder “educar”, porque qualquer bronca poderia ser um gatilho para uma crise, também. Começou ali uma jornada de orientações, cuidados especiais dentro de casa e na escola, terapias e medicamentos.
POV PSIQUIATRA
Quem pensa em suicídio muitas vezes deixa sinais. É fundamental estar alerta a alterações repentinas de comportamento, irritabilidade associada a desânimo e baixa autoestima, tristeza excessiva, isolamento social, ameaças frequentes de suicídio e abuso de álcool e drogas.
A dor de quem tem ideias de suicídio está potencializada. É como se vivessem com uma lente de aumento. Tudo é muito mais forte do que para quem está bem. E as pessoas em volta às vezes não reconhecem o sofrimento deles como legítimo. Acham que é frescura, bobeira, desleixo, mimimi. Então, eles se sentem sozinhos e incompreendidos. A lente do indivíduo com intenção suicida é também cinza. O pessimismo e a desesperança são frequentes.
Isabel, uma jovem que se feria e falava que queria desistir da vida, mesmo apenas com 11 anos, conta com uma grande rede de apoio para ajudá-la. Suicídio entre crianças e adolescentes é mais comum do que você imagina. É preciso ficar atento aos sinais e, assim que detectados, iniciar uma abordagem empática e de respeito, com conversas, terapias e, se necessário, medicamentos.
POV PSICÓLOGO
Saúde é uma só e, portanto, a saúde mental não pode estar desconectada do resto do corpo.
É importantíssimo conhecer a si mesmo. O autoconhecimento promove objetivos de vida mais definidos e consciência emocional.
A nossa personagem Isabel, de 11 anos, que começou a se ferir e queria desistir da vida, foi diagnosticada com THDA, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, desenvolvendo sintomas depressivos e ansiosos. Ela teve uma ótima melhora depois que aliou psicoterapias regulares a um tratamento medicamentoso, além de atividade física e arte. Passou a fazer jiu jitsu e teatro.
POV SOCIEDADE
“Nossa, mas aquela menina tem tudo, porque está deprimida”? Esse certamente é o primeiro pensamento da maioria das pessoas quando vê uma criança de 11 anos, como Isabel, com pais bem-sucedidos e atenciosos, quando ela começa a se isolar, a se machucar e a ter pensamentos suicidas.
A sociedade de uma forma geral ainda sente dificuldade em reconhecer que depressão é uma doença. E justamente pelo preconceito e julgamento, as pessoas não querem ser reconhecidas no lugar daqueles que têm transtornos mentais, porque podem ser vistos como fracos ou descontrolados. No caso de crianças então nem se fala. Isso porque a família se sente culpada e exposta.
POV OMS
Mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente.
Suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS)
SAÚDE NEWS:
PRECISAMOS FALAR SOBRE SAÚDE MENTAL
Como lidar com a depressão no mercado de trabalho
Entenda sobre depressão nas relações familiares
Depressão na adolescência
Depressão nas relações amorosas
A prática de atividade física, além de melhorar o condicionamento físico, ajuda na diminuição da ansiedade e do estresse. Liberando endorfina e construindo um corpo mais saudável, você ainda consegue desligar sua mente dos problemas do dia e mantê-la mais leve. Práticas como Yoga, Mindfulness e Meditação também são grandes aliadas no combate à depressão, trabalhando a sintonia corpo e mente.
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PRECISAMOS CUIDAR DOS JOVENS E ADOLESCENTES
SUICÍDIO É UMA DAS MAIORES CAUSAS DE MORTES ENTRE JOVENS DE 15 A 29 ANOS
A adolescência é um período naturalmente desafiador. Início dos relacionamentos amorosos, dúvidas em relação a qual profissão seguir e conflitos familiares são os principais desafios dessa faixa etária, que em muitos casos continuam até a fase adulta.
Pais devem estar atentos e próximos, mesmo com o distanciamento natural da idade. É normal que os adolescentes tenham vontade de estar cada vez mais próximos de pessoas da sua idade. Por isso, os pais devem criar momentos de conexão e um ambiente acolhedor e seguro para conversas.
Adolescentes e jovens negros do sexo masculino são os mais expostos e com mais dificuldade de acesso a especialistas, refletindo em um alto indíce de suicídio. A dificuldade de entrar no mercado de trabalho, preconceito e exclusão social tornam esse público muito mais vulnerável.
Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS)
FIQUE ATENTO ÀS FRASES DE ALERTA!
Se você ouvir alguém falando alguma das frases abaixo, fique atento aos sinais e inicie uma abordagem empática e, se necessário, procure a ajuda de um profissional.
"Eu não aguento mais"
"Eu sou um perdedor"
"Eu preferia estar morto"
PRECONCEITO
COM O TEMA
O fim do preconceito em relação a doenças mentais, como ansiedade e depressão, é FUNDAMENTAL para a prevenção ao suicídio.
Sabe porquê?
. O preconceito faz com que as pessoas não busquem ajuda
. Elas escondem a doença para não serem interpretadas como fracas, preguiçosas e, mais recentemente, “mimizentas”.
. Elas não querem ouvir que precisam reagir, que precisam dar uma caminhada ou, pior, serem questionadas se não têm roupa para lavar.
. Elas precisam que sua dor seja legitimada e encarada como doença.
. Ao diminuir o tabu em torno dos transtornos mentais, as pessoas que estão passando pelo sofrimento se sentirão mais à vontade para compartilhar o que estão vivendo e procurar ajuda profissional.
. Ainda há medo e vergonha de se falar e expor o tema, mas ele é uma questão de saúde pública.
PODCAST
A IMPORTÂNCIA DE FALAR SOBRE O SUICÍDIO
Nesse podcast, falamos sobre o porquê é importante estabelecermos discussões sobre o assunto e como identificar pessoas propensas a cometer suicídio, além de dar dicas de como podemos ajudá-las. Para conversar com a gente sobre o assunto, nós convidamos a Dra. Katia Mathias, psiquiatra cooperada da Unimed-Rio.
COMO CUIDAR DA SAÚDE MENTAL
Tenha auto conhecimento
Mantenha uma rotina
Durma melhor
Faça exercício físico
Se alimente de forma saudável
Pratique atividades que te dão prazer
Aprenda algo novo e estimule a criatividade
Reforce laços de amizade e com familiares
Relaxe e desconecte-se
Se você conhece alguém nessa situação, não espere!
Se você entrou nessa página procurando por ajuda saiba que você é muito importante.
Ligue para o Centro de Valorização da Vida no número 188.
Se você é cliente Unimed-Rio pode contar com atendimento psicológico sem custo adicional!